segunda-feira, 4 de outubro de 2010

CV - CURRICULUN VITAE - Roberto Ribeiro

CV
ROBERTO RIBEIRO

Sociólogo, Bacharel em Ciências Sociais (Universidade de Fortaleza - UNIFOR), Estatística (Universidade Federal do Ceará - UFC; Licenciatura Plena em Ciências Sociais (Universidade Federal do Ceará - UFC) e Mestrado Acadêmico Especial em Políticas Públicas e Sociedade (Universidade Estadual do Ceará - UECE). Encaminhamento de projeto de pesquisa para a University Harward, Estados Unidos, para a obtenção do título de Doutorado em Ciência Sociais, sob o enfoque das causas imediatas dos problemas sociais brasileiros. No estudo, pretende-se levantar a questão não da teoria da dependência, mas, pelo contrário, do modelo desenvolvimentista que pretende acompanhar sistematicamente a trajetória sócio-econômica do paradigma dos países ditos desenvolvidos. Estando aí a causa imediata do atraso sócio-econômico do Brasil.
Aprovado em concurso público estadual para funcionário do Banco do Estado do Ceará (BEC) na década de oitenta. Funcionário da Empresas Sul América Seguros. Funcionário Público: Secretaria de Educação do Estado do Ceará (Setor de Elaboração de Currículos do Ensino Médio), Escola de Administração (Setor administrativo) - UECE. Comissão Estadual de Planejamento Agrícola - CEPA (Setor de digitação e formatação de Projetos do Polonordeste, PREMEN (Projeto de Ensino Médio Nacional), Superintendência de Desenvolvimento do Ceará - SUDEC (Setor de digitação), Aprovado em concurso para a prefeitura de Fortaleza (Setor de planejamento - digitação); experiência como pesquisador do Sistema Nacional de Emprego (SINE-Ce),
Professor da Rede Pública de Ensino do Estado do Ceará - Professor de História, Geografia, Sociologia, Filosofia, Estatística, Administração, Economia, Informática, Política, Matemática, Meio Ambiente, Atualidade.
Aprovação em concurso para professor substituto em Ciências Políticas pela Universidade Federal do Ceará - 1998.
Participação política: pertencente ao Partido Socialista Brasileiro (PSB);
Participação religiosa: membro de grupos religiosos da Comunidade Recado/Fortaleza/Ceará.
Professor Particular - Professor com aulas particulares de Matemática, Estatística, Português e Atualidade e demais disciplinas que os alunos têm dificuldades no ensino Fundamental e no Ensino Médio para a rede pública e privada de ensino do estado do Ceará.
Tradutor de inglês de projetos, documentos oficiais, contratos internacionais.
Professor de Estatística e de Informática. Aplicação de testes estatísticos, probabilidade, curva normal. Gráficos no Microsoft Excel. Formatação no Word.
Professor de Informática para estudantes universitários, mestrado, doutorado, aposentados, pensionistas, discriminados socialmente. Para interessados em trabalhar em rede de computadores, usando: twitter, orkut, Messenger, Facebook, Skype.
Professor de Oratória para pessoas com dificuldades e traumas em falar em público. Orientação para:
a) Apresentação de projetos em empresas públicas e privadas;
b) Oratória em eventos: apresentação de eventos políticos, conferências, palestras.
c) Aplicação inédita do Teste de Inteligência Social - TIS

d) FUNDAMENTAÇÃO DE PROJETOS
Contatos: Fundamentação de Projetos Profissionais; Aulas para universidades, faculdades, instituições, eventos, SENAC, SESI, SESC, CEFET, UFC, UNIFOR, UECE, FIC, FIEC E OUTROS
Telefone: (85) 8150.6068
Fortaleza - Ceará - Bairro de Fátima
e-mail: robertoeducacional@gmail.com
Prof. J. Roberto S. Ribeiro

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

QUESTÕES POLÍTICAS CONTEMPORÂNEAS: em quem devo votar?

Questões políticas: em quem devo votar?
Roberto Ribeiro – Sociólogo, Estatístico, Professor, Pesquisador. Contato: (85) 9972.6634.
Antes, quero agradecer ao meu filho Marcos Pavel, pelo incentivo ao blog, à minha filha Ana Vitória, por ter também elogiado, à minha esposa, Fátima, por achá-lo interessante. Agradeço também, de coração, à minha seguidora Gislene Oliveira, aos meus seguidores do Grupo Povo Meu, Vítor e Marcelo e aos demais membros da Comunidade Recado, tão empenhados na campanha: "Eu Acredito no Recado em Fátima", por terem lido assuntos deste blog.
Importante: Ontem à noite, quarta-feira, 29 de setembro de 2010, antes da reunião do Grupo Povo Meu, da Comunidade Católica Recado, da qual eu participo, o Vitor e o Marcelo disseram que viram o meu blog. Eles pediram algumas informações mais detalhadas sobre política, por isso, entre o debate sobre a campanha da Comunidade Recado: “Eu acredito no Recado em Fátima”, eu disse que iria escrever alguma coisa sobre o tema político atual. Logo, é interessante o artigo que escrevo abaixo. Isso poderá ajudá-lo a definir o seu voto.
Artigo
Muitas pessoas geralmente têm dúvidas na hora de votar. Isso ocorre em virtude de nossa própria formação política que é deficitária. Primeiro porque a educação da população brasileira não leva em consideração a educação política. As disciplinas ministradas nos colégios visam mais as ciências naturais e exatas como matemática, física, química e biologia. História, geografia, literatura são geralmente deixadas de lado, conhecidas como “matérias decorativas”. E esta situação é sempre reforçada pelos governos que dão grande incentivo ao mercado de trabalho, preparando sempre mão de obra especializada. Não se educa o estudante para pensar, para refletir. Nos próprios colégios, tanto públicos quanto privados, pouco se investe em bibliotecas. A relevância que se dá são às quadras de esportes. Dentro de um quadro deste tipo, fica muito difícil esperar que o eleitor saiba alguma coisa de política, pois esta deveria ser estudada para ser entendida. Todavia, não é interesse das classes dominantes que a pessoa reflita e pense coerentemente, pois esse novo paradigma iria certamente fazer com que o eleitor tomasse consciência do que faz um presidente, um governador, um prefeito e etc. Disciplinas que ensinam política se tornam perigosas para qualquer sistema político organizado por uma minoria branca. Isso vem desde os tempos do colonialismo. As coisas sempre foram feitas de forma que o povo participasse da menor forma possível. Segundo, o voto antigamente era vedado a quem não possuía renda. Só poderia votar os grandes fazendeiros, donos de casas comerciais, juízes, advogados, médicos e engenheiros. O povo ficava apenas escutando e ouvindo falar. Com a proclamação da República em 1889, a participação popular era exigida pelo mundo civilizado, pelo positivismo da Revolução Francesa. Ninguém iria emprestar dinheiro a um país, ou fazer comércio com uma nação que não dava oportunidade a seu povo de escolher os seus representantes políticos. Então, da não participação, a coisa virou justamente para a situação inversa, agora o povo era forçado, obrigado a votar. Aí surgiu a pergunta dentro do meio popular: em quem devo votar? Os grandes proprietários arranjaram logo a resposta: em nós. E por conta do voto amarrado, de cabresto, dentro dos currais eleitorais, a alienação popular foi se intensificando. E à medida que as eleições se passavam assim, dentro dos recintos das grandes propriedades, cada vez mais o povo ficava apático diante dos questionamentos políticos. Em 1934, a Constituição legalizou o voto feminino. E na Constituição de 1988, o voto ao analfabeto foi permitido. No entanto, há um fato inédito, o analfabeto pode votar, mas não pode se candidatar. Outra aberração.
Na democracia, o ideal é que haja os colégios eleitorais, onde parte significativa da população seja filiada a um partido político. Nos partidos políticos há os cursos sobre orientação política, onde se discute a economia política, o andamento da forma como a sociedade age e reage perante conquistas de seus direitos sociais. Neste ponto, há a conscientização da verdadeira vontade de participar. E é ali, dentro do partido político que os grupos de interesse vão se formando. São os grupos que lutam por melhores condições de vida, os que reivindicam direitos para a mulher, os que pedem garantias para os trabalhadores, aqueles grupos que defendem a microempresa, e daí por diante. Em face desta realidade, há as lideranças que se destacam em cada grupo, e, no processo eleitoral, há a votação para indicar candidatos. Dessa forma, dentro do partido político organizado e estruturado, com todo o processo democrático de participação, discussão e indicação para candidaturas conforme o próprio perfil elaborado pela organização partidária, a eleição dentro da sociedade é formada. E quando chega no processo eleitoral, os eleitores têm os seus candidatos, onde estes disputarão com outros de outros partidos, defendendo também seus interesses de classes.
Entretanto, no processo eleitoral brasileiro, onde não há formação política adequada, o eleitor não tem uma definição partidária, ele simplesmente não tem nenhum contato pessoal com os candidatos, a não ser perto das eleições, onde o político se aproxima do eleitor para tomar cafezinhos, entregar “santinhos”, muitas vezes com o retrato de um santo da Igreja junto com o seu, e daí por diante. Fica difícil deste jeito encontrar uma resposta para ver em quem se vai votar. Seria ideal uma adequada educação em ciências políticas em todos os setores da sociedade brasileira, onde a participação popular fosse bem representativa, pois as discussões sobre os reais problemas sociais, com debates constantes, é que fazem a democracia. Mas da forma como está, o que se vê são pessoas sem a menor condição de reivindicar direitos sociais se candidatarem, onde há muitos candidatos que prometem projetos que não são de sua competência, caso sejam eleitos. Há alguns vereadores que prometem votar leis que seriam de atribuição de deputados federais, candidatos a prefeito que prometem acabar com a violência urbana, assunto da competência do governador, pois a prefeitura não tem o poder de polícia, ela não possui aparelhos repressivos, já que ela não controla as polícias militares estaduais. Quer dizer, são coisas desse tipo que fazem parte de uma democracia que funciona de forma inadequada. Assim, saber em quem vai votar vira quase que uma adivinhação, um jogo de loteria, um acaso, uma sorte, uma probabilidade de erros e acertos. Em vista disso, perdidos e sem terem um roteiro adequado nas eleições, o eleitor acaba votando no candidato que melhor aparece nas pesquisas eleitorais.
As pesquisas eleitorais são encomendadas pelas organizações fortes que têm grandes interesses em que seus direitos e seus privilégios sejam mantidos. Em visto disso, estas empresas encomendam pesquisas junto aos institutos especializados em opinião pública. Evidentemente, em virtude da metodologia adotada pelos técnicos em pesquisas dos institutos, o resultado acaba favorecendo o candidato que responde aos interesses dos poderosos, das classes dominantes, ou seja, daqueles que detêm há mais de quinhentos anos o poder econômico do Brasil. Pois a instituição pesquisadora procura responder aos interesses daqueles que encomendaram a investigação do processo eleitoral. Assim, quando sai o resultado, fortemente noticiado pela imprensa, o eleitor, já sem nenhuma informação sobre seus reais direitos e necessidades, acaba sendo influenciado pelos índices estatísticos percentuais fornecidos. E é neste contexto que ocorrem as maiores disparidades. Você ver um trabalhador explorado da construção civil estampar uma blusa com a foto de um banqueiro, um desempregado votar em um candidato que defende os interesses neoliberais. Sabe-se que o neoliberalismo defende o desemprego como uma forma de manter uma mão de obra reserva, o exército industrial de reserva. Quanto maior for a mão de obra excedente, mais os salários serão pressionados para baixo, pois o trabalhador exerce a sua atividade com medo de perder o emprego para um companheiro que todos os dias pede emprego na fábrica a qual ele trabalha. Esta é a regra mostrada pela economia liberal, passando por David Ricardo, Adam Smith, Karl Marx e demais economistas contemporâneos em estudos de economia política. Só existe lucro quando os salários estão mais baixos. Daí o processo de acumulação do capital, gerando riqueza de uma minoria com má distribuição de renda para a maioria das classes populares, inclusive a classe média, tão abatida atualmente com as políticas governamentais.
É bom entender que a sociedade capitalista funciona através de duas classes fundamentais: patrões e empregados, proletários e burgueses. Sempre foi assim, e o que não se admite é uma pessoa deixar de compreender esse fundamento sociológico, pois em qualquer curso de Introdução à Sociologia este tema é abordado. Independente de haver lutas socialistas ou não, o que interessa conhecer é o funcionamento da sociedade, da forma como as engrenagens se locomovem e fazem a economia andar. O homem vive inserido nos processos sociais, onde há a competição, os conflitos e as acomodações, não se podendo ignorar a estratificação social, e a própria luta de classes, inerentes ao funcionamento do sistema. Ao tomar consciência disso, chamada pelo educador Paulo Freyre, de conscientização, a pessoa passa a melhor entender o seu lugar social, a sua posição dentro do processo social. Por isso, quanto maior for o grau de conscientização e conseqüente participação popular, melhor será para todos, pois aí haverá um maior equilíbrio dentro das conjunturas do tecido social. Se o funcionário, empregado, trabalhador, pequeno empresário, mulher, doméstica, profissional liberal e demais classes que vivem de salários tomarem consciência de que do outro lado há os grandes proprietários, os grandes banqueiros e demais entidades opressoras, as coisas passarão a ser mais democráticas. As injustiças sociais diminuirão, haverá menor violência urbana, a educação pública e a saúde serão melhor assistidas, haverá redução da quantidade de moradores de rua, os sem teto e os sem terras também diminuirão em tamanho, pois casas reivindicadas serão construídas. Além disso, os preconceitos também perderão em grau de intensidade, pois a representatividade dentro dos modelos políticos serão maiores. Um novo paradigma político surgirá de forma consciente, a paisagem estampada nos congressos políticos terá uma estratificação social com representantes de diversas entidades.
Por isso, sem querer esgotar o assunto até aqui, recomendo que o eleitor pense bem na hora de votar, veja se o candidato que está anotado na sua agenda responde aos seus reais interesses de classes. Se, por exemplo, você é um professor, veja se o seu candidato defende os interesses de uma educação de qualidade, se você é um médico, observe os problemas atuais da saúde pública brasileira, veja quem votou no Congresso Nacional contra a CPMF, pois a exclusão deste imposto democrático prejudicou a saúde pública brasileira em mais de quarenta bilhões. Os partidos que votaram contra a CPMF queriam simplesmente prejudicar o partido que estava no poder naquela ocasião. Seria a hora de você, eleitor, ver pela internet, quais os candidatos aqui do Estado do Ceará que votaram contra a Contribuição por Movimentação Financeira (CPMF).
Bem, agora é tomar consciência e votar em um candidato que tenha a ver com os seus reais interesses sociais. Verificar, especificamente se os clamores ao qual você participa têm correspondência com as reivindicações propostas pelo candidato ao qual você escolheu para votar. Lembre-se, como depois das eleições não há quase cobrança do eleitor, seu candidato poderá ou cumprir a promessa ou esquecê-la, tudo dependerá da sua consciência e dos interesses aos quais ele representa. Por isso, nós, cristãos, que acompanhamos as adorações aos Santíssimo, participamos de grupos de oração, não podemos nos deixar enganar. Temos que ser tão espertos quanto os filhos do mundo, como diz Jesus em uma de suas parábolas na Bíblia Sagrada: “Os filhos de Deus deveriam ser tão espertos quanto os filhos do mundo”. Ele faz esta afirmação na parábola do administrador que perdoara as dívidas dos devedores de seu patrão, pois ele iria ser demitido. Dessa forma, por exemplo, no caso da questão do aborto, só para alertar, não se deixe levar pelo candidato que diz apenas que é contra o aborto. Isso é muito fácil dizer quando se está nas vésperas das eleições. Este tipo de candidato muitas vezes pertence a um partido que defende claramente o aborto. Lembro que em 2009, quando levantaram a questão do aborto, os principais senadores do Congresso Nacional defenderam publicamente o aborto, dizendo que aquilo era uma “questão de saúde publica”. No entanto, hoje, próximo às eleições, estes mesmos senadores se escondem do problema. Lembre-se, caro eleitor e leitor deste blog, os filhos de Deus são bem mais inteligentes. Veja o que o candidato tem de sincero em suas manifestações, procure olhar bem em seus olhos, nas suas palavras, embora você não tenha grandes conhecimentos em ciências políticas, você, independente de ter religião ou não, mas se for uma pessoa que deseja o bem ao próximo, tenho certeza que saberá escolher a opção que melhor lhe convier no dia das eleições. Além do mais, se nenhum corresponder aos seus ideais éticos, você tem a opção de votar nulo ou branco.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CURSO DE LEITURA DINÂMICA: existe, isso?

CURSOS DE LEITURA DINÂMICA: existe isso?
Roberto Ribeiro
Contatos: 85 – 9972.6634
Para início de conversa, não existe leitura dinâmica específica. Toda leitura é um exercício dinâmico. Criar mecanismos do tipo memorização e decoreba não levam à nada. A leitura perceptiva/interpretativa momentânea nasce de uma prática de leitura adquirida com muitas leituras. Não adianta nada mandar a pessoa fazer exercícios do tipo memorização de números, datas, criação de imagens para memorização etc. Tudo isso só leva mais uma vez a alienação da pessoa, muitos já tão carentes de um aprendizado eficiente não adquirido em suas escolas e faculdades do passado.
Quando se envereda pelos caminhos do ato de ler, aprende-se a ler no ler-a-ler. A leitura é um vício adquirido para o lado do bem. Por exemplo, quando se ler um livro com a atenção toda concentrada nele, a tendência é adquirir outro livro que tenha a mesma capacidade de chama. Um curso correto e metodologicamente eficiente ensina o aluno a gostar de ler. E só um professor que de fato é viciado em leitura é que pode fornecer técnicas suficientes para isso. Pessoas que procuram ensinar técnicas de memorização são justamente indivíduos que detestam a leitura. Por isso, procuram vítimas para a sua alienação.
Leitura não é local de alienação. Leitura é leitura. Leitura é concentração e isolamento social. Leitura é silêncio e solidão. Passar horas e horas lendo um livro não é para qualquer um não. Leitura é fazer uma viagem no maravilhoso mundo das palavras. Leitura é vivenciar, ali, naquele momento presente, um passado, um futuro ou mesmo um presente em um lugar fora dali. Leitura é se emocionar, chorar, sentir o drama que se passa dentro das palavras. Leitura é se revoltar, aprovar, consentir, desaprovar, amar uma idéia, uma situação qualquer que se passa na frente ou dentro de palavras, símbolos, grifos, códigos embutidos nos livros, papéis ou outro mecanismo qualquer. Leitura é gostar e amar livros, textos, e tudo o que representa codificação escrita. Leitura é saber que por dentro das palavras há o mundo maravilhoso do sonho e da imaginação fértil. Leitura não se aprende em escola, faculdade ou universidade. Pelo contrário, leitura é arte, é contra tudo que procura enquadrar os símbolos dentro dos critérios rígidos de metodologias. Leitura não é local de aprendizado de sinônimos, antônimos, parônimos, homônimos, homógrafos e outras técnicas de semântica. Pôr, colocar a leitura dentro desse universo pequeno é diminuí-la, pois a leitura está acima disso tudo. Leitura não é para qualquer um não, é uma arte que teve uma semente em sua genética, independente de classe social. Poucos gostam de ler, basta entrar em uma livraria que se percebe isso. Basta entrar em uma biblioteca pública ou privada. O leitor forçado, aquele que só ler o que o professor adotou, entra em uma livraria com um papel na mão como se fosse comprar um quilo de feijão mandado pela mãe ou pela mulher. Ele não sabe nem a quem se dirigir tal é o grau de falta de hábito. Leitura é poesia, é filosofia, leitura é o ato de ler porque gosta de imaginar. Leitura é sair dali, penetrar dentro do sonho imaginário da ficção. Leitura é sentar-se, deliciar-se ir além, é saber que o trem está partindo, o navio que sai de um porto, um namorado que acena para a sua girl, e pensa consigo mesmo que um dia voltará bem de vida. Leitura é sentir tudo isso, um avião que decola, uma pessoa que se senta em uma cadeira quando este estão a muitos metros de altura em cima do oceano pacífico, apesar de ele nunca ter andado de avião. Sentado em sua casa, embaixo de uma árvore, em pleno interior, viajar em uma aeronave de alta potência, atravessando mares, com todos os perigos, e ele, o leitor, sentindo tudo isso, ali, sentado, acima da árvore apenas um passarinho em um fino galho, canta, desafiando-o, tirando-o de sua concentração, mas chamando a sua atenção para ele e a sua natureza. Leitura é viajar pelos mistérios da ficção, da imaginação de um escritor que fala de uma espionagem, e você, ali, sentado, absorto, lendo aquele livro. E quando passa alguém e lhe pergunta alguma coisa, você cai na real e disse: O quê!?
Mas para adquirir esse hábito, esse gostar e amar de ler tem que haver um sério processo de iniciação. A pessoa teria que ter tido um pai ou outro familiar que o tivesse introduzido no mundo da leitura. Não por obrigação e chatice de ler para aprender sinônimos, para vencer na vida ou outras caretices dessa natureza. O bom mesmo é que o pai, mãe, tio, irmão, avô, avó ou outra pessoa tivesse dado o interesse pela leitura apenas pela prática de gostar de ler. Onde a pessoa tenha ouvido coisas do tipo: “Agora não posso porque estou lendo o meu livro, outra hora, sim?”
Leitura é dar preferência à leitura acima de muitas coisas, leitura é achar que leitura é leitura mesmo. Leitura não é obrigação, não é normas e nem metodologia. Leitura é dar tudo de si para não deixar de ler nunca. Leitura é fazer propaganda do ato de ler por ler, só isso. E com essa prática, esse hábito, o indivíduo acaba até descobrindo a técnica, a metodologia tudo porque gosta de ler, e a técnica e a metodologia se tornam mais leituras para quem gosta de ler. Quem gosta de ler não escolhe livros, vai com qualquer um. Ler é gostar da curiosidade, da ficção, da imaginação, da criatividade. Do desconhecido que está dentro dos símbolos. Leitura não é ter preconceitos, mas achar que todos têm direitos. Um leitor eficiente é aquele que gosta de ler tudo aquilo que é simplesmente o tudo, o nada. Na viagem pela leitura você descobre a sua própria imaginação. Curiosidade. Mistério. Imaginação. Dúvida. Hábito. Vício de ler. Dependência de ler. Vontade de ler. Ir atrás do ato de ler. Quem diz que só ler bons livros não gosta de ler. Ler por obrigação, por determinismo obrigatório, por ser capacho de uma situação que lhe criaram há tempos. Leitura é liberdade de ler, de imaginar, de criar uma situação emocional para si. Leitura é não estar ali quando todos estão ali perto de você. Leitura é sentir que você saiu dali em espírito de leitor imaginador.
SIGNIFICANTES E SIGNIFICADOS DA LEITURA

terça-feira, 28 de setembro de 2010

FÉ E POLÍTICA - Prof. Roberto Ribeiro - Contato: 85-9972.6634

FÉ E POLÍTICA TÊM QUE ANDAR JUNTAS
Roberto Ribeiro
Boa noite, senhores Deputados, membros do Conselho da Comunidade e integrantes de grupos e moradas. Meu nome é José Roberto Soares Ribeiro, sou Cientista Social, Sociólogo, e membro da Comunidade Recado, pertencendo ao Grupo Povo Meu.
Ao longo de minha vida como militante em política nunca encontrei nada parecido com o que presenciei e continuo presenciando aqui dentro deste local de fé cristã. No entanto, melhor esclarecendo o meu ponto de vista, devo dizer que política e fé não podem estar separadas.
Para que isto fique melhor entendido, vale ressaltar um pouco da minha história de vida na política de militância contra a ditadura militar, na década de oitenta. Logo no início dessa década, após a Anistia Ampla Geral e Irrestrita de 1978, os movimentos políticos dentro das universidade, sindicatos e partidos políticos se intensificaram contra o regime militar. O povo não mais agüentava a repressão e a “mordaça”, que punia todo aquele que se manifestasse democraticamente, era a lei do silêncio. A pessoa poderia ser presa imediatamente pelo simples fato de falar do regime militar. Havia até um programa humorístico do Jô Soares na televisão Globo, onde um personagem dizia sempre que “Eu não sei de nada, eu não vi nada”. O programa fazia críticas ao próprio regime militar que a tudo proibia e prendia.
Hoje isso pode até parecer ficção e exagero, tal o grau de liberdade de expressão que a sociedade vive na democracia. Mas naquela época a situação era bem diferente. Crítica, qualquer que fosse ao regime, aos baixos salários, ao custo de vida, às péssimas condições das escolas e das universidades públicas poderia se tornar perigosa. Evidentemente que o processo já estava em fase final, pois a anistia já permitia a vinda dos antigos exilados políticos que estavam no exterior. Pessoas já estavam saindo da prisão. Mas foi difícil a conquista da verdadeira democracia, pois os militares não queriam entregar o governo a qualquer civil. Aí é que residia o problema maior. Por isso, lutava-se pela democracia, fazia-se passeatas, comícios nas praças públicas. Greves e manifestações às mais variadas pediam eleições diretas já.
Era o ano de 1984, pois no dia 25 de março, grandes manifestações eclodiam em todo o Brasil pedindo eleições diretas, pela Emenda Dante de Oliveira. Esta emenda deveria ser votada naquela noite. Mas houve grande frustração por parte de milhões de brasileiros que se aglomeraram nas praças públicas em vigília na hora da votação. A decepção veio por conta do Congresso Nacional que rejeitou a aprovação das eleições diretas para presidente da República que deveriam ser realizadas em 1985. Naquela sombria noite fora aprovada a eleição indireta. E, em janeiro de 1985, o Congresso elegeu Tancredo Neves.
Bem, o importante disso tudo é que a luta continuou, e, em 1989, houve, de fato, as eleições presidenciais de forma direta para presidente da República, sendo vitorioso o candidato Fernando Collor de Mello. Todavia, a luta maior dos movimentos era a eleição de um candidato que tivesse raízes naqueles movimentos que lutaram contra o regime militar, pois o mesmo pertencia ao foco das lutas populares por melhores condições de vida. E isso só veio a ocorrer em um passado bem recente, em 2002.
Sem citar nomes, nem partidos e nem ideologias para não atrapalhar o raciocínio e nem caminhar para o perigoso itinerário da parcialidade, posso dizer que o fracasso daqueles movimentos em promover o bem estar social foi justamente a falta de fé, o ateísmo e o materialismo existente. Evidentemente que houve a vitória dos partidos, mas sem a presença do homem, do ser humano. Este ficou à margem do processo decisório, longe das suas reivindicações. Não havia o humanismo necessário capaz de unir os membros dos grupos que lutavam nas militâncias políticas. Havia, isto sim, uma competição desenfreada tanto dentro das universidades quanto nos sindicatos e demais associações de classes. Qualquer boato era motivo de “queimação”, pois cada um queria um espaço maior dentro dos grupos e comunidades organizadas. Sempre que um companheiro estava liderando determinado seguimento social, dentro de um grupo comunitário, surgiam logo boatos sobre a sua pessoa, difamação, calúnias, tudo com o intuito de afastá-lo. E isso era passado através de jornaizinhos, panfletos, cochichos, fuxicos, murmurações. Era a realidade da própria falsidade, da falta de respeito ao próximo, o partido estava acima do ser humano. Promovia-se até o isolamento da pessoa mesmo dentro da universidade. Quando a pessoa era queimada por determinados grupos rivais poucos se aproximavam dela. O objetivo era afastá-la da liderança, pois a comunidade passava a não mais confiar naquela pessoa. No processo de queimação dizia-se coisas sobre a pessoa que danificavam sua imagem como líder, e isto, politicamente era um desastre total.
Aí é que descobri, depois de um longo tempo que algo estava faltando ali, naquele movimento. A fé. Mas uma fé que promovesse o bem, visse no ser humano algo mais do que uma liderança, um cargo de chefe de departamento de universidade, um presidente de um sindicato de classe, um líder estudantil seja do Centro Acadêmico, do DCE ou da UNE. Sei que é difícil falar sobre fé, principalmente para mim que sempre tive a política como discussão maior em minha vida. Não tenho argumentos bíblicos para falar, não posso fazer citações dos Evangelhos, nem do Antigo e nem do Novo Testamento, pois se assim o fizesse, poderia soar mal, as pessoas devotas não entenderiam, talvez. Mas será isso fruto de minhas racionalidades dentro do mundo da Sociologia Política? Não estarei trazendo ainda dentro de mim os antigos vícios da competição, onde procurava fazer citações de Marx, Kant, Hegel, Max Weber, Émile Durkheim, Paulo Freire, Gilberto Freire e tantos outros baluartes do mundo das ciências sociais? Pode ser, mas na verdade, aqui, dentro da Comunidade Recado, no Grupo Povo Meu, procurei ver a humildade como a meta maior. Lembro de São Francisco de Assis que disse: “Quero ser o último dos últimos”. E foi assim que ele se aproximou de Deus.
Entretanto, nem por isso, a política pode ser afastada, pois ela é necessária a vida. Política se faz em tudo o que se vive. Na política se decide quase tudo a favor do homem, mas isso só se torna possível com a parceria da fé. Só com a fé em Deus, tendo-se um objetivo maior, é que se pode ver no irmão a sua imagem e semelhança. E como diriam na religião: “Como é que você diz que acredita em Deus que você não ver se você não acredita no seu irmão que você está vendo?”
Assim, que fique bem claro, tanto na política quanto na religião, tem que haver a presença de uma e de outra. Um religioso que não se informa politicamente pode estar cometendo o pecado da omissão perante milhões de irmãos que são atingidos por políticas públicas que são votadas inadequadamente. Do mesmo modo, um político que não tem fé em Deus, dificilmente ele poderá votar uma medida que beneficie o homem em detrimento do lucro que poderá obter com ela.
Enfim, religiosos e políticos devem conscientizar-se da união entre fé e política em prol de um mundo humano, e que veja nas suas decisões o amor ao próximo, sem exclusão social.

Livros que eu li; Roberto Ribeiro - Contato: (85) 9972.6634

Os Miseráveis, de Vitor Hugo
Apresentação
Na França do século XIX, com Napoleão Bonaparte no poder, as injustiças sociais ocorriam a céu aberto. Em vista disso, o escritor francês Vitor Hugo escreveu uma excelente obra, um romance, que viria a se tornar uma obra prima universal. O livro é recomendável, por isso, recomendo-o aos meus alunos, principalmente aqueles que estudam leitura dinâmica conosco.
O trecho a seguir dá uma idéia do que seja a grande obra no período revolucionário francês.
José Roberto Soares Ribeiro - Sociólogo, escritor, estatístico, professor, consultor de eventos políticos, econômicos e sociais.
INÍCIO DA CAMINHADA PELO CENTRO DA CIDADE DE FORTALEZA-CEARÁ
Lembro na década de oitenta, quando eu andava pelo centro da cidade de Fortaleza, andando pelas livrarias, procurando livros os mais diversos para ler. Minha ânsia de leitura era muito forte. Fazia Ciências Sociais, tanto bacharelado quanto licenciatura. Bacharelado na Universidade de Fortaleza, UNIFOR, e licenciatura na Universidade Federal do Ceará, UFC. Já havia estudado Estatística pela Universidade Federal. Agora estava enveredando pelos caminhos das ciências sociais, da sociedade. Neste curso, há leitura é fundamental e imprescindível, pois ali você procura aprender todos os enfoques sociais. Passa-se uma série de desafios, pois o estudo da sociedade é complexo. Por isso, meu grande hábito de leitura ajudou-me no curso, pois em romances, ensaios, política, economia e ciências viam-se coisas que se enquadravam no contexto social. Além do mais, era época de ditadura militar, por isso, os enfoques na universidade giravam em torno dos andamentos políticos, quem tinha sido preso, quem estava para ser anistiado. E assim por diante. Mas um livro chamou a minha atenção, foi na vitrine de uma loja que vi escrito na capa de um livro: Os Miseráveis. Era um livro de Vitor Hugo, escritor francês. Não tive dúvidas, entrei na loja e comprei o livro. Naquele momento, minha grande vontade era começar logo a lê-lo. Por isso, não contive a minha ansiedade, e na primeira lanchonete que vi, entrei. Enquanto a moça preparava o sanduíche, abri o embrulho e peguei aquela obra prima. Comecei a dar as primeiras leituras ali mesmo. E, entre uma mordida no sanduíche, um gole de refrigerante, eu ia lendo as primeiras páginas. Vejamos agora os pontos principais deste espetacular livro.
É a história de um ex-presidiário, um forçado, do século XIX, na França, Paris, com seus esgotos subterrâneos e os seus mistérios. João Val Jean foi um homem injustiçado até certo ponto de sua vida, até o dia em que encontrou um Monsenhor muito caridoso, o monsenhor Benvindo. Mas vejamos como isso ocorre.
Ele, João Val Jean, cuidava de seis criancinhas, o mais novo tinha um ano e o mais velho, nove anos. Eram filhos de sua irmã. Ele, desesperado, pois eles eram muito pobres, para matar a fome das crianças que choravam, depois de muito pedir ajuda, mas sem ser atendido, quebrou o vidro de uma livraria e tirou um pão. Este foi o seu grande crime. Foi imediatamente preso e condenado a dezenove anos de cadeia. Quer dizer, feriu a propriedade privada. Pois o sistema é assim, se uma pessoa assalta um transeunte qualquer, nada acontece. Mas se tirar de um empresário, de um banco, toda a polícia se mobiliza para pegar o criminoso, ocorrendo muitas vezes às balas perdidas que atingem inocentes.
Após ter passado dezenove anos preso, ele, João Val Jean, finalmente foi posto em liberdade. No entanto, para aquela época, presidiário era considerado perigoso, qualquer que tivesse sido a sua falta. Por isso, ele passou a sofrer uma série de preconceitos e discriminações. Em toda cidade que ele chegava era obrigado a mostrar um salvo conduto, uma espécie de carteira de identidade da época. E no salvo conduto dele tinha escrito: forçado. O termo forçado significava ex -presidiário. Além do mais, embora posto em liberdade, a pessoa ficava sendo procurado pela polícia pelo resto da vida, tal o grau de repressão da França daquela época.
João Val Jean entrou na cidade, era quase noite. Começou a ir de pousada em pousada, mas todos lhe negavam hospedagem. E ele ouvia os cochichos:
- Cuidado, é um forçado!
Aquilo o deixava cada vez mais abatido e triste. Enquanto isso, a fome ia apertando-lhe o estômago. E foi com grande desespero que ele invadiu a casa de Monsenhor Benvindo, o bispo caridoso. E era de uma família nobre e tradicional da França. Seus pais haviam deixado grande fortuna para ele. Mas ele doara tudo para a Igreja. Até a casa grande dos seus pais, ele preferiu doar para um hospital beneficente, dizendo que o hospital era para ficar com a casa grande, e passou a morar em uma casa bem menor. Nesta casa, a porta não tinha fechadura. Era só com um ferrolho bem simples e frágil. E foi por isso que João Val Jean não teve dificuldades de entrar de porta adentro.
- Estou com fome, preciso comer e dormir! Gritou para os presentes.
Na mesa estavam sentados, jantando, Monsenhor Benvindo e suas duas irmãs que moravam com ele. O religioso não tomou nenhum susto, apesar da aparência agressora de João Val Jean. Pois este era alto, forte tinha em torno de quarenta e seis anos de idade. Estava com trajes ainda de presidiário. Então o padre disse para o forçado:
- Ainda bem que o senhor chegou mesmo na hora do jantar. Por favor, queira sentar-se.
Val Jean sentou-se rapidamente devorando o prato de comida, pois já faziam três dias que ele não comia nada. E após o jantar, Monsenhor Benvindo levou-o aos seus aposentados, ele passaria a noite ali em sua casa. E todos foram dormir.
Os bens materiais de Monsenhor Benvindo eram poucos, pois ele fizera doações para as instituições de caridade. Mas havia dois castiçais de ouro, e eram bem valiosos. Além de um candelabro. Pela madrugada, João Val Jean levantou-se furtivamente, e, em pontas de pés, entrou no quarto do reverendo. Pegou os castiçais e saiu. Enrolou-os em uma lona forte. E Foi embora pela estrada. Todavia, pela manhã, coisa de seis horas, dois guardas bateram na porta da casa do padre. Ele já estava acordado, pois levantava-se às quatro horas para rezar. Foi quando os guardas disseram:
- Monsenhor Benvindo, pegamos esse forçado no meio da estrada, ele roubou do senhor estes dois castiçais de prata!
O religioso olhou para Val Jean e disse:
- Meu amigo, você esqueceu-se do candelabro, está aqui, pode levá-lo. Juntando os dois castiçais com esse candelabro também de ouro, vendendo-os, dará um bom dinheiro para recomeçar a vida. Muitas felicidades e boa viagem.
Os guardas soltaram João Val Jean, ficaram encabulados, pois eles não esperavam por aquilo. João Val Jean nunca tinha vista uma coisa igual aquela. Não soube dizer nem uma palavra. Apenas pegou os objetos valiosos e foram embora. Mas aquele gesto de bondade e de amor ao próximo o marcaria agora para sempre. Ele sentiu que a sua vida havia mudado. E para isso, até a sorte o ajudaria.
O PREFEITO DE SANTA LUZIA
Naquela cidade da França, ninguém nunca vira um prefeito tão bondoso. Ele ajudava a todos. Sempre havia uma forma de prestar uma assistência a quem quer que fosse. Um dia, passou pela rua enlameada devido à chuva, uma mulher desesperada. O fato que esta mulher tinha uma filhinha a quem dera para um casal que morava na estrada para criar, pois ela não possuía recursos. No entanto, o casal explorava a criança de apenas oito anos de idade, com trabalhos forçados. O nome da menina era Corzete. O prefeito soube do drama da senhora, e prometeu que um dia iria dar uma ajuda a sua filha.
Um dia, o jornal anunciou a morte de um monsenhor em uma cidade da França, era o Monsenhor Benvindo que havia falecido com cem anos. Neste dia, o prefeito mandou celebrar uma missa, e compareceu à Igreja. Seu olhar era triste. E rezou muito pela alma daquele religioso tão caridoso. E os que estavam presentes viram que o prefeito estava muito sentido com a morte daquele padre que havia falecido.
CAPÍTULO II
Antes de iniciar o segundo capítulo, onde O prefeito Tio Medelin irá tomar uma grande decisão de sua vida, vou primeiro relatar alguns fatos que ocorreram enquanto eu lia o livro Os Miseráveis.
Era a década de oitenta, próximo ao Natal. As ruas de Fortaleza estavam enfeitadas para as festas natalinas. Lojas, shoppings Center, restaurantes, tudo era clima de alegria. Todos eram solidários uns com os outros. Seria bom que fosse sempre assim. As livrarias estavam repletas de cartões de Natal, boas festas e de feliz ano novo. Nas lojas, a figura de Papai Noel chamava a atenção. Nas calçadas do centro, figuras humanas representavam o Papai Noel. Toques de sinos, músicas natalinas. Lembranças de outros natais. Era como se cada natal fosse sempre a recordação de um outro passado, anteriormente. A pressa para chegar em casa, a ceia de Natal. Tudo novo, roupa nova, sapato novo. Talvez até idéias novas.
Depois que saiu da Igreja, Tio Medelin, o prefeito, foi para a prefeitura. E começou a pensar sobre a sua vida. Ele devia muito aquele padre, pois, logo que saiu da sua casa, naquele ano. Ele foi andando pela estrada, até que chegou próximo à cidade de Santa Luzia. Havia naquele momento um grande incêndio em uma fábrica. Por isso, não havia ninguém na cancela para pedir o salvo conduto. E ele correu para a fábrica, pois havia gente lá dentro. E foi quando ele saiu com duas crianças, salvando-as de morrerem no incêndio. Foi a sorte dele, pois as crianças eram filhos do prefeito, o homem mais rico da cidade. E o prefeito o homenageou, deu-lhe um grande posto na prefeitura. E ele agora teve a oportunidade de mudar de nome. Adotando o nome de Tio Medelin. Com o tempo, ao receber ajuda, ele fundou uma fábrica, tornando-se um dos homens mais ricos do lugar. Em pouco tempo, ele substituiu o prefeito antigo, o seu benfeitor. Agora ele era o prefeito de Santa Luzia.
CAPÍTULO III – A perseguição do policial Javer
Na prisão, havia um policial que o perseguia muito. E o nome dele era Javer. Por isso, mesmo depois que cumpriu à pena, o policial o seguia, para ver se ele cometia alguma falta. É, a história da discriminação contra ex-presidiários é coisa bem antiga.
Tio Medelin chegou em casa, estava cansado. A missa o deixara pensativo. Muito pensativo mesmo, pois antigas lembranças lhe vieram à mente. As palavras de Monsenhor Benvindo, quando ele invadira a sua casa ainda perduravam em seu cérebro:
- Homem, tire o ódio de seu coração. Percebo que você só alimenta vinganças pelas injustiças que sofreu. Creia em Deus, o ódio só é ruim para você. Com ódio você não fará nada na vida, pelo contrário, cada vez mais você se afundará em seus dramas. Lembre-se das palavras de Jesus: “Se te bateres na tua face esquerda, dás a direita, pois só assim ganharás o reino do céu”. Dissera Monsenhor Benvindo para João Val Jean.
A princípio ele não cumprira aquilo, pois achava muito difícil perdoar. No entanto, depois que ele salvara as crianças do incêndio, começara a refletir. E a partir dali tudo mudou em sua vida. Tivera a idéia de montar a fábrica de plástico, enriquecer e se candidatar ao cargo de prefeito. Tudo dera certo, pois o ódio não mais habitava em seu coração. Agora ele tinha um olhar diferente para o mundo e para as pessoas.


(CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

METODOLOGIA CIENTÍFICA: Orientação de Projetos, Monografias, Dissertações e Teses - Prof. José Roberto Soares Ribeiro

SOBRE METODOLOGIA CIENTÍFICA
Prof. Roberto Ribeiro
Contato: 85 – 9972.6634 - 85 - 8150.6068

Os métodos científicos são usados para facilitarem a vida dos pesquisadores. É através do método que se faz um trabalho, uma pesquisa científica. Mas para que o trabalho seja realizado de forma adequada, ele deverá obedecer aos parâmetros que norteiam a pesquisa.
• Um projeto de pesquisa só pode adquirir sucesso se tiver com suas adequações pertinentes a uma metodologia coerente com os modelos sugeridos. É assim que a metodologia poderá ajudar o pesquisador em seus estudos.
• Para fazer um bom projeto de pesquisa, estudantes e pesquisadores devem seguir uma bibliografia que abranja diversos ângulos do estudo a ser investigado.
• É bom uma leitura que não canse, pois, assim, o investigador poderá ficar divagando, perdendo, assim, o conteúdo de seu tema.
COMO FAZER UM PROJETO DE PESQUISA
Introdução
Inicialmente é importante uma definição do que seja pesquisa. Pode-se dizer, num primeiro momento, pesquisa é procurar soluções para indagações. Para Minayo (1993, p.23), a pesquisa é uma busca sucessiva para se conhecer a realidade, onde esta nunca se esgota.
Demo (1996,p.34), a pesquisa faz parte do cotidiano, onde o pesquisador estaria sempre agindo em busca da verdade no sentido teórico e prático.
Enquanto isso, Gil (1999, p.42) diz que a pesquisa desenvolve o método científico num processo sistemático e formal.
Classificação das pesquisas
A pesquisa pode ser classificada em quatro pontos principais:
a) Conforme a sua natureza: pesquisa básica (é uma pesquisa inicial, procurando gerar novos conhecimentos para o avanço das ciências); pesquisa aplicada (aplicação prática para a solução de problemas específicos);
b) Conforme a natureza do problema: pesquisa quantitativa (tudo o que pode ser traduzido em números, como opiniões, informações, usando técnicas estatísticas); pesquisa qualitativa (não requer o uso de técnicas estatísticas; considera a relação dinâmica do mundo com a realidade; leva em consideração a interpretação dos fenômenos).
c)
Bibliografia consultada

DEMO, Pedro. Avaliação qualitativa. São Paulo: Cortez, 1991.
DEMO, Pedro. Pesquisa e construção de conhecimento. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.
MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucitec,1993.

A libertação do povo de Deus; o Êxogo - Prof. Roberto Ribeiro

Professor J. Roberto S. Ribeiro. Sociólogo, estatístico, mestrado especial em políticas públicas. Trabalho em educação. Informações educacionais às mais diversas. Tudo para um completo conhecimento de conscientização do mundo moderno para os estudantes. É importante que a educação seja vista como algo a ser uma transformação do atual. Que a educação não sirva para interesses dos poderosos. Não tem sentir preparar pessoas para um trabalho alienante. Nada de ficar a serviço de patrões que exploram mão de obra barata. Um professor não deverá jamais colocar seus estudantes como meros repetidores dos interesses de classes sociais mais favorecidas, e que acumularam durante séculos o produto do trabalho das classes oprimidas. É bom que não se repita o processo do Êxodo, bíblico. Quando os hebreus foram vítimas da exploração do faraó no Antigo Egito. Ali, depois da morte de José, os hebreus passaram a ser perseguidos pelas classes poderosas. E foi quando veio Moisés. Recebendo o aviso de Deus, Moisés e Arão passaram a conversar com o faraó. O objetivo era libertar o seu povo daquela escravidão. No entanto, o coração do faraó estava sempre duro. Por isso, Deus passou a enviar por intermédio de Moisés, as pragas ao Egito. Foram diversas pragas, mas tudo culminou quando veio a praga que levou para o outro mundo o filho do faraó. Aí esse se desesperou e permitiu a saída dos hebreus para Canaã, a terra prometida por Deus. Todavia, quando iam a caminho, o faraó se arrependeu e mandou seus soldados trazerem de volta os hebreus. Mas Deus era mais forte, e permitiu que o Mar Vermelho se dividisse em dois para que os hebreus passassem. E quando os soldados do faraó começaram a atravessar, o mar se fechou e todos os perseguidores foram tragados pelas águas. Era a vitória de Deus, de Moisés e dos hebreus contra a exploração do homem pelo homem. Uma vitória que poderia servir de exemplo para os tempos atuais. Aliás, muitos dizem que o pobre sempre sofreu. Mas a Bíblia, com o ensinamento do Êxodo, mostra o inverso. O contrário.

Sociologia da Educação - Prof. Roberto Ribeiro

Sociologia da educação; o uso de tecnologias digitais
A tecnologia deverá estar a serviço do homem, e não o contrário. O computador deverá ser usado para aprimorar e estimular o conhecimento, as pesquisas. Usá-lo como mero instrumento recreativo simplesmente não levará à nada. Os jogos, por exemplo, não possuem nada de positivo, apenas para desviar a atenção das pessoas dos verdadeiros problemas sociais. São na verdade, pirulitos na boca de crianças enquanto os adultos conversam coisas importantes. Lamentável como muita gente ainda vai na onda disso. Mas qual o verdadeiro problema do uso da tecnologia digital na escola? É justamente isso que vamos verificar através de algumas indagações. Sabe-se que é costume da escola entreter alunos com o computador, como se aquilo fosse apenas um instrumento de lazer. Não é essa a finalidade da informática. Esta deve estar a serviço do aprimoramento do conhecimento. Um exemplo do mau uso do computador está se refletindo agora. Depois de mais de uma década, o conhecimento continua mergulhado na obscuridade. O computador, em vez de acelerar o grau de informação do estudante, agiu em sentido inverso. Hoje as pessoas lêem muito pouco, não conseguem se expressar pelo uso da escrita. E quando se observa no Messenger, a linguagem é muito aquém do que se poderia esperar. Quer dizer, não estão utilizando um instrumento riquíssimo como o computador para aprimorar o conhecimento. Sabe-se que há dicionários, informações históricas as mais diversas, científicas. E o que se puder imaginar de informações a serviço do homem. Mas nada disso é usado. O uso do computador só está servindo para bate-papos. É triste.